Fui convidado para apresentar uma aula, que rolou nesse último sábado, sobre Sonhos a partir da Psicologia Junguiana com essa turma que se mostrou afiadíssima e aberta a dialogar, a questionar e a compreender juntos este tema que é tão complexo e ao mesmo tempo fascinante.
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Vimos as diferenças entre Jung e Freud, os métodos redutivo e sintético, análise a nível de objeto e a nível de sujeito, funções compensatórias e prospectivas, amplificações simbólicas, sonhos e o processo de individuação e outras coisas mais.
Foi uma grande satisfação ter sido convidado para dar essa aula e ao mesmo tempo um grande desafio de estudar, estudar, estudar, selecionar material e aprender, aprender e aprender enquanto preparava/dava essa aula. Esse tema, assim como a psicologia de Jung requerem “o homem inteiro” e isso é uma tarefa pra vida inteira.
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Jung considera o exercício da análise de sonhos, assim como o processo terapêutico, uma arte. Não requer somente intelecto, mas é imprescindível a sensibilidade de se conectar com o outro na sua inteireza.
“Ars totum requirit hominem (a arte reclama o homem inteiro), diz um antigo alquimista. A inteligência e o saber devem ser atuantes, mas não antepor-se ao coração, o qual por sua vez não deve ser vítima dos sentimentos.”
Jung, O desenvolvimento da personalidade, vol. 17, para. 198