O texto abaixo é pequeno em tamanho, mas imensurável em conteúdo, escrito pelo sábio Rumi:
A Casa de Hóspedes
O ser humano é uma casa de hóspedes. Toda manhã uma nova chegada.
A alegria, a depressão, a falta de sentido, como visitantes inesperados.
Receba e entretenha a todos Mesmo que seja uma multidão de dores Que violentamente varrem sua casa e tira seus móveis. Ainda assim trate seus hóspedes honradamente. Eles podem estar te limpando para um novo prazer.
O pensamento escuro, a vergonha, a malícia, encontre-os à porta rindo.
Agradeça a quem vem, porque cada um foi enviado como um guardião do além.
— Rumi (Mestre sufi do séc. XII)
Assim é a aceitação. Ela não implica em resignação, mas sim em abertura para contemplar tudo aquilo que vier até você, que bater a sua porta. Ou seja, estar inteiramente aberto às experiências como ser humano.
Quando aceitamos, não estagnamos na passividade nem repelimos e, consequentemente, podemos aprender muito com um olhar aberto e amplo se comparado a uma mentalidade estática/engessada.
Aceitar é compreender que tal coisa é como é. Aceitar é dizer: "Ok, isto é assim e eu aceito como é. Nem mais, nem menos."
Aí sim, recebendo estes hóspedes, podemos decidir se é viável fazer algo a respeito ou não. Assim somos nós, alquimistas de nós mesmos: temos esse poder de transmutar as coisas em lodo ou em ouro.
Você já se (re)visitou hoje?Espero que esse texto contribua de alguma forma para a sua vida. Um abraço e até a próxima,
Julio C. N. Ito Psicólogo Clínico (CRP 06/130191) --- Você já se (re)visitou hoje?(Foto por Larissa Miyashiro)
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Muito bom!!